segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Alaya Vijana nas palavras do monge Genshô Sensei



Introduzindo: A consciência de Alaya é a origem de todas as existências. Há olho e a função do olho, e eles surgiram da consciência de Alaya. E não somente isso, mas esse corpo, esse ambiente, a natureza, a casa, a
montanha, tudo vem da consciência do Alaya. Por isso é que se chama Alaya Vijnana, consciência de depósito.

Com a palavra Alaya podemos nos lembrar de Himalaya. Hima significa neve, então Himalaya, é onde se deposita ou guarda a neve. A palavra Alaya quer dizer depósito. É onde todas as experiências e nascimentos estão depositados, como uma semente que amadurece com o tempo, que cria outra semente e a deposita quando encontra condições favoráveis, como solo, água, terra e adubos. Então, esta semente brota. As sementes boas dão frutos bons. Nesta teoria da Alaya Vijnana, a pessoa está vendo aquilo que ela criou como substância e objeto e está depositando o Karma: atos bons e ruins, como semente.

Monge Genshô, ensina que existe um depósito de consciência universal chamado "Alaya Vijnana" onde tudo está registrado, e isso faz algum sentido, porque o universo não tem como esquecer. Tudo que acontece de alguma forma fica registrado; sejam sons, imagens, mesmo os traços do Big Bang permanecem como radiação de fundo. Teoricamente seria possível acessar essa consciência e saber tudo que aconteceu.

Quando Buda iluminou-se, ensina-se que lembrou-se de suas quinhentas vidas passadas. Mas isso não é relevante, o interessante para nós é que tudo que amamos e fazemos de bom nunca se perde. Por outro lado, tudo que fazemos de mal também fica gravado.

Do ponto de vista Budista não existe ninguém lá fora para nos julgar, toda a ética Budista está construída em cima de ação e consequência. Você terá que arcar com as consequências de cada ato seu. Não existe nenhum salvador para livrar você. A melhor maneira de obter bons resultados (ou melhorá-los) é fazendo coisas boas que redundam em coisas boas e que retornarão para você como coisas boas. A única maneira de apagar o mal feito é praticar a constância do bem, de maneira que todo o mal seja finalmente superado pelo bem praticado. Mas de forma absoluta, para o universo, bem e mal não existem. É uma questão de perspectiva ou de contextualidade.

Veja como é simples:


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